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zona de fronteira

se as coisas nos reduzem simplesmente a nada do nada simplesmente temos que partir

assim diagnosticava joão bosco de maneira profética no início dos anos 80, numa bela canção popular que também dizia que

a blitz ali na frente diz que aqui a onda tá mais pro haiti do que pro havaí

antes de tudo isso jards já recomendava cuidado, apontando para o morcego na porta principal

a real é que a pandemia zerou o jogo e nos desnudou por completo, nunca foi tão fácil identificar quem é quem no jogo das centenas de milhares de vidas perdidas

de maneira que se devemos partir do nada – e que bom que assim podemos fazer isso! – é razoável para o fim de uma provável sobrevivência saudável nos atentar com o que ocorre no mundo de maneira mais terrabolista e menos periférica

vivemos num país pouco letrado governado por quem considera livros mais ofensivos que xingamentos gratuitos a velhinhos e jamais conseguiremos virar esse jogo

mas é possível nos posicionar estrategicamente nessa interminável mensagem de áudio que se tornou o mundo

produzir vibrações rotações girassóis danças saltos gravitações

inventar novas metas e setas que vão

disparar novos corações

na mesma canção joão bosco comete a cortesia de sugerir genial tratamento para o grave quadro

para todo mal há cura?

não, claro que não. essa até eu consigo responder. mas acrescento que é preciso aproveitar e filtrar as inúmeras informações que chegam a nós tais como tsunamis eletrônicos de babel

então, se não é possível mudar as coisa tudo, que tal melhorar ao menos um pouco o seu mundo?

eu e os nossos lhe agradecemos e, mais que isso, faremos o possível para lhe retribuir. pelo menos essa é a ordem natural das coisas

porque as coisas só melhorarão de fato no dia em que nossas bolhas estourarem, transformando assim microcosmos num universo possível

mas não se esqueça de que o negócio é de dentro pra fora, não o oposto. ninguém de cima vai te socorrer

a mente quieta a espinha ereta e o coração tranquilo

é disso que se trata. é assim, sempre foi.

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