ideal seria um lockdown de verdade com ajuda financeira do governo para a população, tal como ocorreu na inglaterra e em outros países do dito primeiro mundo.
claro que não é o que rola, bem sabemos que isso nunca vai acontecer. no momento caminhamos em direção a irresponsável reabertura rumo ao precipício, como uma média superior a 3000 mortes por dia fosse um troço absolutamente ok.
após o caos hospitalar, estudos apontam para inevitável catástrofe funerária que por sua vez provocará crise sanitária sem precedentes se chegarmos ao ponto de enterrarmos nossos corpos em valas comuns. óbvio que desejamos o oposto desse temível quadro, por mais difícil que seja virar esse jogo.
seja aqui ou em espaços físicos, meu trabalho consiste acima de tudo em hospitalidade e afirmo que infelizmente tá um tanto difícil ser gentil para tantos profissionais da área.
enquanto bares e restaurantes tentam trabalhar com cada vez mais restrições, ocorrem festas bregas em lugares de gente riquíssima e a condução do povo segue lotada.
de dentro da minha bolha acompanho muita reclamação de gente angustiada e ansiosa por dividir uma mesa de bar com os amigos.
humano, compreensível.
agora, me responde uma coisa. sérião. o que você fará quando puder voltar ao balcão do bar?
porque nos últimos dias antes da pandemia o que mais vi foi gente tirando selfie e atualizando suas malditas mídias sociais, sem dar a menor bola pro sagrado ato de contemplação que o bar pode te oferecer.
se você não respeitar o copo, o copo não te respeitará.
o meu curso de drinques caseiros da casa foi elaborado também pra atender gente como eu, que não tem mais paciência pra esse tipo de cenário. aqui tem a luz que eu quero e toca o som que escolho para as poucas pessoas que tenho prazer em compartilhar a companhia. a pandemia fez com que a última parte ficasse mais complicada, mas gosto também de apreciar bebida sozinho.
o ponto é: será que estamos com toda essa saudade imensa dos bares mesmo? porque a distância de uma situação pode fazer com que a supervalorizemos.
óbvio que posso responder apenas por mim. sinto falta dos poucos lugares que gosto e voltarei a frequentá-los, sim. na medida do possível e tomando todos os protocollins necessários, claro.
agora você, se puder e quiser sair, um pedido. além de tomar todos cuidados possíveis, valorize o programa da melhor maneira possível, faça valer sua sobrevivência e a dos próximos.
porque hoje não existe maior privilégio que a vida.
Na minha cidade (interior de RO), já liberaram novamente, mas não pretendo frequentar estes lugares até que a maior parte da população daqui esteja vacinada. Pois os protocolos de segurança são burros, não confio em ficar sem máscara no mesmo ambiente em que várias pessoas estão da mesma maneira, ainda mais em bar, onde gente bêbada grita ao invés de falar normalmente, jogando coquetéis de vírus pra todo lado.