Texto escrito para o Jazz Poetry, do querido Mario Bortolotto. É um pra prazer compartilhar aqui contigo
Beijo e boa semana
Judas Manêro
A real é que Judas criou o conceito de delação premiada muito antes de ser modinha.
Bastou um beijinho identitário pra apontar o dono da face zombeteira e #partiu30moedasbemlacradinhas
O fato do líder do bando precisar ser identificado pra efetuarem sua prisão nos mostra que investigação policial incompetente não é exclusividade de nossa profana viralatice.
Mas convenhamos que quem tem apenas 12 amigos, um deles dedo-duro, não é figura tão popular assim. Felizmente as ocorrências em questão datam de uma época pré rota na rua. Do contrário seria mais difícil escrever os contos que renderam novos e velhos testamentos, entre outros escritos apócrifos que fazem Game of Thrones parecer os Teletubbies.
Não que eu tenha 12 amigos, mas o julgamento de hoje não me diz respeito.
Aliás, a escolha do povo diz mais sobre o condenado ou sobre o sobre a si mesmo?
Porque a votação foi bastante desfavorável e não reflete aquela estorinha tão bem comprada pelas gerações posteriores do boa praça alquimista que transforma água em vinho.
Eu sou da teoria de que o vinho era bem bosta, visto que Barrabás não era assim o que podemos chamar de flor que se cheire. Foda-se o mano do vinho batizado!, assim pensaram as vítimas do goró lazarento.
Porque quando a água é batizada a reidratação não é boa e se tem ressaca. A fúria causada pela ressaca foi que escolheu Barrabás para sobreviver.
Pôncio Pilatos, que não atirou a primeira pedra e não era bobo nem nada, tucanizou tirando o seu da reta. lavou as mãos e saiu do furdunço provavelmente em direção a um lugar onde tinha pinga que preste.
E quando digo pinga, quero dizer qualquer álcool que preste. E que não seja Arak. Amém?
Voltando pro Cagüeta, dizem que ele se arrependeu da parada e nem gastou a bufunfa, que saiu de cena se matando. Será? Sei não…
A única certeza é que até hoje um bando de ressentido malha o suposto traidor em questão todo sábado antes da Páscoa. O que não deixa de ser uma injustiça, já que se não fosse pelo ato do dito cujo, não teríamos crucificação e muito menos ressurreição. Então admitamos que Judas é o verdadeiro pai do Cristianismo. Aleluia?
Eu defendo a ideia de que gastemos nosso tempo de maneira mais saborosa.
Porque, em vez de pendurarmos bonecos horrorosos de pano pelos postes da cidade não melhoramos a qualidade do vinho do padre da paróquia mais próxima e o convencemos a distribuir o goró entre os fieis? Não é essa a essência da porra toda? Celebrar o truque mais divertido de JC? É o sangue de cristo!
Então fica assim, ó. A partir do próximo sábado de aleluia você já sabe o que fazer. Amém?