quantas derrotas em vida você ainda é capaz de suportar?
digo em vida porque segundo o professor luiz antonio simas, morte é esquecimento, e eu tendo a concordar com ele.
embora já tenha passado da fase da ilusão de que deixarei qualquer legado, ainda não desisti da utópica meta de fazer bem para os meus e eventualmente até de mim mesmo, já que não conseguiria conciliar positivismo com autodestruição.
fracasso é quando não se luta e derrota é quando se perde a batalha. a vivência vem do acúmulo de derrotas e o maior desafio da vida é aprender a conviver com isso sem desistir de tudo.
admito que as coisas não deram muito certo pro lado de cá. o meu primeiro livro poderia ter sido quase um clássico, se escrevesse um pouco melhor, o que quem leu pôde comprovar que não era o caso. agora que domino um pouco mais o ofício de escriba, minhas histórias mais interessantes já foram contadas de maneira um tanto desorganizada. e sinto muito informar que o melhor NÃO está por vir, que a conhecida frase de efeito não passa de uma falácia, conto de uma noite de verão.
mas não é por isso que deixarei de escrever, lancei outros 3 títulos os quais aprecio deveras e tenho bala na agulha pra publicar pelo menos mais 3.
se não ganhei dinheiro com literatura, foi nos bares e restaurantes em que perdi todo patrimônio conquistado num ramo lucrativo, mas que não gostava. o que pretendo fazer em breve? ora, bolas. seguir no segmento em que gosto de estar com uma operação mais transante. isso se a saúde permitir, claro.
porque tem isso também. o pacote de homem de meia idade com obesidade mórbida e adicional de esclerose múltipla pesa um bocado.
esse texto é sobre como tirar proveito com as próprias deficiências e derrotas que a vida te trouxe. claro que não é num passe de mágica, mas espero que você ache sua própria receita que transforme a linha da vida num processo possível.
e quem sabe assim não chegue o dia em que compartilhemos pequenas vitórias cotidianas?
porque não preciso de muito mais que um frango frito transante com um bom drinque caseiro da casa pra aliviar a dor.
e, se tudo der errado, tentemos ao menos nos divertir com os próprios infortúnios. sei o quanto é difícil, mas que jamais percamos o senso de humor.
até semana que vem. que o céu não desabe sobre nós.
Gostei da lucidez e sensibildade. Que tenha uma semana.
Boa
É isso aí JB. Seguimos!
Gosto muito do jeito que escreves. Devagar vou adquirindo teus livros. Repito que o livro DE HOJE NAO PASSA, me pegou de jeito, devorei enquanto voltava de SP, qd ainda dava pra viajar, e eu já com saudade. Mesmo não sendo guia adoro ler teus escritos e teus videos e viajo pelas cidades e o tempo. Te agradeço.
por tutatis, cê tá escrevendo muito bem. antes de compartilharmos pequenas vitórias cotidianas, contentemo-nos com eventuais empates! obrigado pelos textos e vídeos.
Que possamos viver um pouquinho de cada vez! Entre erros e acertos, aprender é uma necessodade!
Estou passando por momentos repletos de “derrotas”, e o texto veio em boa hora. Sigamos!
Exatamente! Que assim como você, consiga ser melhor para os meus a casa dia!!
Adorei Jota! Obrigado pelo texto sensato e diretamente oposto à intragável motivação de coach que permeia o meio digital.
Ótimo texto..te conheci pelos vídeos mas agora te lendo fica mais justa a admiração . Um realismo reconfortante se opondo a esquizofrenia alienada dos dias atuais. Grato e continue.
Com os lamentos por qualquer outro infortúnio na reta final da esteira de montagem, eu o parabenizo por estes pequenos maravilhosos acertos semanais. Eu tenho convivido muito bem com minha bela safra de erros. “O inferno são os outros.”
Piscadela fajuta para finalizar, e obrigado por mais este.
Ghost writer, a gente vê por aqui
oi, geraldo
não entendi
você está me acusando de não escrever meu próprio texto?
grave, né?
publico desde 2007, tenho 4 livros lançados e é a primeira vez que insinuam algo tão horroroso
consegue argumentar? sustentar a acusação?
ou terá a decência de pedir desculpas?
no aguardo aqui
Parece claro, além de não ser um pecado mortal o fato de usar um escritor fantasma. Mas se dizes que não, acredito e peço desculpas, que ornam com a boa educação
não é pecado mortal, é suicídio literal, além de desonesto ao extremo
você pediu desculpas, mas manteve a gravíssima acusação “parece claro”, sem nenhuma argumentação
agradeço o pedido de desculpas, mas não o aceito
e peço para que jamais me acuse disso novamente
passar bem, geraldo