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dê um rolê

claro que gostaria de compartilhar do sentimento de tantos que a pandemia está acabando, mas infelizmente não estou tão otimista

porém me reservo ao inalienável direito do silêncio sobre o assunto. primeiro porque não quero pagar de agourento, mas também porque é bem sabido que não precisa falar sobre tudo e se tem um troço que o mundo tá cheio é de opinião. impressionante como hoje tem sommellier de tudo

meus discos meus livros e nada mais

meu universo particular possível segue a métrica de pensamento do fabuloso zé rodrix, com uma ou outra variável

mas admito que tenho ido um pouco às ruas, talvez até mais que o devido e muito me admira o reflexo da solidão escancarada das pessoas amontoadas umas em cima das outras, hipnotizadas tais como zumbis por seus aparelhos telefônicos móveis

jura que é pra isso que as pessoas queriam sair de casa?

mas e tu? qual é o teu rolê?

cada um cada um

assim dizia cláudio zoli nos idos dos anos 80. evidente que você tem o sagrado direito de se locomover como bem entender e não sou eu que vou me meter nesse troço

semana passada não teve as notas porque o teclado do meu Imac foi pro saco e precisei fazer breve pesquisa antes de comprar um genérico, já que no momento não disponho de verba pra comprar o oficial

o meu rolê é escrever, fritar frango e fazer os tais drinques caseiros da casa. também ando vendendo uns vinho por aí que a coisa não tá fácil

to dando um corre e ao mesmo torcendo pra que em breve as coisa dê mais certo pra nós tudo

espero que tu também ache o teu rolê

beijo e até a semana

1 Comment

  1. É, JB, repentinamente as pessoas passaram a acreditar na ‘ex pandemia’.
    Ouço a frase “agora que a pandemia passou” muito mais do que eu gostaria e quando saio pra rua, vejo gente aglomerada (muitas vezes em rodas de amigos), mas mais preocupadas em só querer a atenção de terceiros além dos seus companheiros de conversa.
    E também, muitas vezes, pessoas em mesas de bares e restaurantes focados 90% do tempo nos seus smartphones.
    Talvez nós, como sociedade, tenhamos q reaprender a interagir de forma agradável (se bem que isso já era necessário pré-pandemia).

    Grande abraço.
    LPeC

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