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cajota na vidraça

Após as ocorrências cometidas em 08/01 do ano passado acho de bom tom desejar “feliz ano novo” apenas a partir dessa semana.

Por aqui o natal foi tranquilo, fiz sanduíches (velho vício noturno) e passei a noite deitado com meu dog vendo filmes dublados com Terence Hill e Bud Spencer. Pra mim, mais digno que parente chato, peru seco e maionese azeda. Espero que você tenha se divertido também. Do seu jeito, claro.

Já a virada de ano foi diferente. Por mais que evite festas de aniversário, na noite do último dia 31 completei meio século de teimosia de vida e quis marcar a data de alguma maneira.

Liguei pro Marião e o mano teve a manha de abrir seu bar (dentro do teatro Cemitério de Automóveis) pra nós e lá passamos com poucos e bons amigos.

Evidente que bebemos e comemos bem, a gente sempre se vira. Porém é preciso dizer que nunca foi sobre comida e bebida, mas sim sobre gente.

E é assim que quero passar não só 2024, mas todo o restante dos meus dias, com o que chamo de Filosofia Zé Rodrix, algo como qualquer variação de meus amigos meus discos e nada mais.

Escrevi por aqui que 2023 seria o ano da informalidade para a gastronomia e falhei miseravelmente na previsão.

O que mais houve foi bar ok cobrando preço gastrocômico e restaurante meia boca extorquindo valores astronômicos da clientela tonta, que valida essa afetação toda e inflaciona o cenário constrangedor. 

Claro que existem poucas exceções que confirmam a regra e meia dúzia de gatos pingados oferecendo produtos com característica que remetem a algo que deveria ser nosso cotidiano. Mas dá um trabalho danado que nem todos estão dispostos a ter, especialmente os 99% das pessoas que não trabalham no famigerado ramo restaurador.

Tentei escrever sobre esse assunto em duas postagens frustradas naquela outra mídia que antes era só de fotos e singelas legendas. Boa parte dos seguidores entenderam de outra maneira, o que costuma acontecer cada vez com mais frequência.

Tenho 50 anos e lido com o público desde a adolescência passada na feira livre dos anos 80. Não sei em que ponto perdi o fio da meada da comunicação. Admito que talvez não tenha envelhecido bem para os mais jovens.

Do que me resta de prazer nas mídias, tenho nessa newsletter – que já foi mais freqüente, mas ainda não quero abandonar – e na literatura, inclusive estou com meu novo livro quase pronto, acho que a minha parte já entreguei até. Talvez seja o último. Talvez.

Minhas metas profissionais pra 2024, além do lançamento do livro? 

Bem, no momento estou com dois trampos de assessoria. Um num bar e outro em um restaurante, em algum momento do ano devo entregá-los. 

A loja virtual vai bem, apesar de todo transtorno proporcionado pelo serviço de correio e transportadoras. Isso tende a continuar. Sinceramente gosto do serviço que presto.

Também quero abrir uma porta ou um bar pra vender frango frito, mas tem sido difícil fechar essa equação financeira. Mas, se der certo, a ideia é viver como um comerciante antigo – que é o que sempre fui, é o que corre nas minhas veias – e abandonar 100% as mídias sociais, suicídio digital.

Porque sou muito velho para lidar com vozinha digital infantilizada, mas muito novo para morrer.

Planos pretensiosos? Talvez. Mas ninguém falou que seria fácil.

E nessa semana lanço duas cervejas, em parceria com a incrível Morada Cia Etílica, a Cajota e a Xácomigo!

Se gostar de cerveja especial ácida e tiver curiosidade nessa parada, nnnn, faremos dois lançamentos.

O primeiro na sexta à noite na Casa Lúpulo, da minha querida xará Juliana Bernardo, na Vila Buarque.

O segundo a partir das 14h de sábado no Soul Botequim, no Brooklin. Nessa ocasião também farei minhas receitas de frango frito e de vinagretchen de polvo com picles de maçã verde. Odeio fofoca e detesto fuxico, mas fontes seguras afirmam que ainda teremos Choripan com lingüiça A Table e salsa roja desse que vos escreve em bom pão.

Nos dois eventos terá Cajota engatada nas torneiras e banquinha da biroska vendendo alegorias e adereços, além das próprias cervejas. 

O exército de órfãos da Tristeza No Happy Sour bem sabe que não temos o hábito de fabricar novos lotes, então quem realmente estiver a fim dessa joça é de bom tom se agilizar pra garantir o seu.

Por fim, fica o sincero desejo de um 2024 possível para todos nós

Beijo do gordo,

j.

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